Final de Round 6: Tudo sobre o Desfecho Dramático da Série"
"Descubra como o emocionante desfecho de Round 6 encerrou a jornada de Seong Gi-hun e trouxe reflexões poderosas sobre humanidade, sacrifício e esperança. Este artigo contém spoilers da última temporada!"
CINEMA E TV
6/28/20254 min read


O Impactante Final de Round 6: Reflexões, Sacrifícios e o Encerramento de uma Era
Chegou ao fim uma das maiores sensações globais da história da Netflix. Após conquistar o mundo com sua primeira temporada em 2021, Round 6 chega ao desfecho de sua terceira e última temporada, concluindo a jornada de seu protagonista, Seong Gi-hun, de maneira emocionante, intensa e repleta de reflexões sobre a natureza da humanidade.
Segundo o criador da série, Hwang Dong-hyuk, os últimos seis anos de sua vida foram completamente dedicados ao Round 6. Ele descreve que não houve um só dia em que não pensasse nos desafios e na complexidade de contar essa história. Mesmo com a pressão intensa e perdas pessoais — como a de dentes devido ao estresse —, Hwang procurou construir um encerramento digno para a história de Gi-hun e seu sombrio universo distópico.
Seong Gi-hun: O Herói Relutante e seu Sacrifício Final
Desde sua estreia, Gi-hun (interpretado por Lee Jung-jae) evoluiu de um pai endividado tentando sobreviver aos jogos mortais para um rebelde determinado a derrubar o sistema por trás dessas atrocidades. No entanto, como era de se esperar de um drama tão intenso, o destino de Gi-hun não foi feliz. No final da série, ele faz o sacrifício supremo para garantir a sobrevivência de Jun-hee, o bebê órfão de dois outros jogadores que morreram durante os jogos. Esse gesto não apenas encerrou sua trajetória com um toque de altruísmo, mas também serviu como uma última reflexão sobre esperança no meio de tanta desesperança.
Jun-hee, agora representando o futuro de uma geração, assume um papel simbólico. Hwang explica que o bebê não apenas reflete a conscientização humana, mas também nos lembra da responsabilidade moral que temos em corrigir os erros de hoje para garantir um mundo melhor para as futuras gerações.
Os Jogos e a Crítica Social
A terceira temporada intensificou sua crítica social ao explorar conceitos mais profundos, como o papel das eleições, a polarização extrema da sociedade e como populismo, fake news e algoritmos estão alimentando uma era de desinformação. “O mundo cada vez mais abraça divisões extremas e intolerância. Os jogadores que votaram para continuar os jogos, independentemente do sofrimento, refletem exatamente como, em algumas situações, as sociedades parecem caminhar em direção à própria destruição”, comentou Hwang. Essa premissa foi representada pelos Os contra os Xs, uma dinâmica que trouxe à tona as complexidades das escolhas humanas.
Além disso, a terceira temporada deu ainda mais destaque aos VIPs, os indivíduos por trás do financiamento e controle político e social. Hwang mencionou que, nos dias de hoje, esses “oligarcas” não se escondem mais nas sombras; eles aparecem publicamente, mostrando sua influência sem medo de retaliações. Essa abordagem intensificou a crítica à concentração de poder e à exploração sistêmica.
Riscos e Emoções: A Escalada Final
O criador deixou claro que, como era a última temporada, o objetivo era assumir grandes riscos. Foi o caso da inclusão de Jun-hee, a grávida que sacrifica sua vida pelo filho, que acaba se tornando um jogador dos jogos. Essa trajetória foi cuidadosamente elaborada para extrair o máximo das emoções humanas, expondo tanto "o fundo do poço da humanidade" quanto as possibilidades de esperança.
Alguns dos jogos mais marcantes da temporada, como o visceral Salto de Corda, também exemplificaram essa mistura de emoções. Embora aparentemente simples de escrever, essa dinâmica envolveu intensos recursos de gravação, com CGI, sons e suspense psicológicos, aumentando significativamente sua complexidade e impacto visual.
O Desfecho Final: Fim ou Novo Começo?
O final da série deixou os fãs com sentimentos mistos. Por um lado, encerrou as narrativas existentes de forma marcante, mas, por outro, abriu espaço para especulações sobre possíveis spin-offs. No momento, Hwang indicou que não há planos concretos de continuar a história diretamente do ponto onde parou, embora tenha demonstrado interesse em revisitar o intervalo entre as temporadas um e dois, explorando os bastidores e as histórias dos guardas e jogadores.
O final também surpreendeu ao apresentar uma participação especial da atriz premiada Cate Blanchett, que surge como recrutadora de uma possível versão americana dos jogos. Enquanto isso pareceu fechar o ciclo ao reforçar que os jogos continuarão, também lançou dúvidas sobre as intenções da Netflix em expandir o universo de Round 6.
Adeus com um Gosto Agridoce
Para Hwang, despedir-se de Round 6 foi um misto de alívio e vazio. Ele espera que o amor pela terceira temporada e pelo desfecho ajude a preencher o espaço que a série ocupou em sua vida durante anos. A mensagem final da série — que gira em torno de sacrifício, humanidade e a luta por mudanças — se solidificou como um legado poderoso, deixando fãs e críticos refletindo sobre como as escolhas e os sistemas da vida real espelham o mundo de Round 6.
Agora, enquanto o capítulo final é fechado, resta ao público decidir: será Round 6 apenas um reflexo assustador do que somos? Ou um chamado à ação para mudar quem podemos nos tornar?



